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CORPO NÓ

Estreia 1 + 3 April no INKONST em Malmö

27 + 28 April no MDT em Estocolmo

COPRODUZIDO em residências artísticas: Uferstudios Berlim, MDT Estocolmo, Inkonst Malmö e na Cullberg Ballet.

Uma investigação pragmática e filosófica envolvendo um CORPO NÓ.
O corpo tem sido por séculos e ainda é associado a determinados campos da história: memória, classe, utilidade, gesto, gênero, etc. É uma construção que está vinculada a uma representação de ordem social (que se esforça por uma funcionalidade como um meio para se comportar dentro das normas), em si mesma já uma imposição a ser encarnada/corporificada.

Tendo em conta que a nossa atenção está na experimentação entre o corpo e uma longa corda de 1000m – pesando aproximadamente 80k – corda-corpo, corpo-nó, corpo-vazio, corpo-nós – NÓS como pronome pessoal correspondente à primeira pessoa do plural, mas também o plural de NÓ: do latim Nodus – a obra é uma tentativa de escapar dos atributos diários do corpo e dar-lhe um sentido insuspeitado, ou seja, além do entendimento de uma relação corpo = objeto representativo. Desse modo, o que é provocado com o NÓ – a experimentação com o nó/emaranhado, nos parece radical, porque tem a intenção de abandonar algumas formas reconhecíveis, movimento e coreografia que têm sido dominantes, e apontar para um caminho fora da dominação histórica, enquanto lidando com um objeto que é uma das invenções mais antigas e importantes da humanidade: a corda e consequentemente a imagem do emaranhado e do nó.

Este ‘corpo nó’ nos é revelado no momento em que o experimentamos preso à corda, onde os limites entre o corpo e o nó tornam-se difusos. Precisamente neste lugar NÓS testemunhamos a potencialidade criativa do CORPO NÓ libertando-se de suas representações sociais e de gênero. O NÓ pretende produzir um espaço, uma imagem, um fragmento aonde o corpo está envolvido com a corda: enrolando/desenrolando, enredando/desenredando embaraçando/desembaraçando, puxando, vendando-se e, em seguida, desvendando-se novamente. Isso nos conduz as seguintes questões: Como ir além do significado anteriormente atribuído ao corpo? Quais problemas aparecem nessa relação? Que tipo de movimento é extraído dessa interação? Onde esta pesquisa pode nos levar ao tentarmos re-significar a relação entre o corpo e o nó?

Este projeto é coproduzido pelo MDT, pelo Inkonst e pela Cullberg Ballet e faz parte do programa “Life Long Burning” – apoiado pelo Programa da União Europeia e pela Cullberg Ballet 2013-2018.

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